Mostrando postagens com marcador Transtorno Bipolar do Humor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Transtorno Bipolar do Humor. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Perguntas frequentes sobre Marta

Importante: Só leia este artigo se você já tiver lido o romance. A primeira metade do texto abaixo contém informações-chave para entender o transtorno bipolar da protagonista.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Bate-Papo Sobre Transtorno Bipolar, com o Dr. Joseph Biederman

Traduzi uma entrevista com Biederman (leia-se TAB-IA). Para lê-la no blog Bipolar Brasil, clique aqui.

As perguntas foram feitas por diversas pessoas e respondidas, nem sempre pacientemente, por Biederman. Algumas perguntas envolvem TDAH, TOC e outros temas.

Eis aí uma ótima oportunidade para quem se sente mais à vontade com textos em português.

 
Leia mais
O que os leigos deveriam saber sobre bipolares (no BB)
O lado bipolar do rock (no BB)
Depressão e Transtorno Bipolar num mundo de aparências (no BB)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Retweets de @mastigaestrelas, sobre transtorno bipolar

Alguns tweets de @mastigaestrelas, sobre transtorno bipolar, foram retweetados.

 
Se todo o mundo do twitter que se diz bipolar fosse a um consultório médico, os médicos estariam mais ricos que o Tio Patinhas.

 
De fato transtorno bipolar é uma doença, mas por que as pessoas saudáveis se dizem doentes, afirmando que são bipolares?

 
E olha que transtorno bipolar é o assunto da moda! Fala-se muito, explica-se pouco... e quase ninguém sabe o que é de verdade.

 
O tratamento adequado + psicoterapia pode anular os sinomtas do TAB de modo q tu tenha uma [vida] normal ou praticamente normal, guria!

 
Será que ninguém entende que transtorno bipolar é doença? Ninguém é meio bipolar ou muito bipolar... nem ninguém "está" bipolar.

 
Talvez seja esta a doença das pessoas normais: fingirem que não são...

 
Antes ninguém achava bonito ser maníaco-depressivo, mas agora muita gente acha legal ser bipolar... É a mesma doença; só mudou o nome

 
Parece que todo o mundo quer ser bipolar hoje em dia... mas será uma questão de escolha? de moda?

 
Realmente podemos dividir as pessoas em "bipolares de verdade" e "aqueles que se dizem bipolares por vaidade, modismo, etc."


Leia mais
Transtorno Bipolar e Twitter
Se você é bipolar...

sábado, 10 de setembro de 2011

Transtorno Bipolar e Twitter

Vejamos algumas frases, sobre transtorno bipolar, que andam no twitter. (Autores diversos.)

 
As pessoas falam que são bipolares como se fosse um orgulho. TRANSTORNO BIPOLAR É SÉRIO!
 

O nome da doença é : TRANSTORNO BIPOLAR, eu tenho certeza!
 

Acho que sofro de Transtorno Bipolar... =/ and now?
 

Alegria e tristeza ao mesmo tempo! Acho que tô com Transtorno BiPolar!
 

Transtorno bipolar é uma doença... O que você tem é frescura. [Frase repetida à exaustão no twitter, por inúmeras pessoas.]
 

Transtorno bipolar do humor: diagnóstico e tratamento precoce melhoram qualidade de vida do paciente.
 

Minha vó disse pra minha mãe que eu tenho que ir pro médico ver se tenho transtorno Bipolar _|_


Transtorno bipolar é o meu sobrenome, na boa.
 

Tenho transtorno bipolar.
 

Transtorno bipolar é mais sério do que eu imaginava...
 

Pessoa tem ataque de mau humor, xinga todo mundo e depois diz q é bipolar. PORRA! ISSO É UM TRANSTORNO SÉRIO, Ñ UMA DESCULPA POR MÁ EDUCAÇÃO.
 

TAB - Transtorno Afetivo Bipolar [ gostei de estudar isso.
 

Transtorno Bipolar é uma coisa tão séria e tem gente que acha legal falar que tem, colocar no twitter e no tumblr ¬¬
 

Transtorno bipolar é uma doença, seus estúpidos, e acredito que quem realmente é bipolar não goste de ter essa doença, então vê se cresce.



Leia mais
O que alguns bipolares famosos já disseram - Janis Joplin

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Todos os bipolares são iguais?

A maneira como um bipolar agirá numa fase eufórica pode variar. Nem todos os bipolares agem do mesmo modo quando atravessam uma fase de mania, por exemplo.

Mas por que nem todos os bipolares se comportam do mesmo modo?

Todos temos um temperamento, um caráter e uma personalidade, três conceitos bem diferentes um dos outros. Mas, para entendermos melhor o TAB, fiquemos especialmente com o primeiro conceito e o último, isto é, temperamento e personalidade.

Geralmente ouvimos dizer que um bipolar são três pessoas em uma, isto é, uma pessoa na fase eufórica, outra na fase depressiva e mais uma nos períodos de vida normal. Isso está correto? Se você entende que o temperamento ou o caráter é o que nos define como pessoas, a resposta é não. Se você entende que a personalidade é aquilo que nos define como pessoas, a resposta é sim. Mas a personalidade é o que temos de mais superficial...

Na fase eufórica, o bipolar tem uma personalidade e reage ao mundo externo de acordo com essa personalidade. Já numa fase depressiva, ele tem outra personalidade e reage ao mundo externo segundo essa personalidade. Há, ainda, mais uma personalidade que se manifesta nos períodos de vida normal, mas que não pode ser chamada de pré-mórbida.

Pré-mórbida é a personalidade que o paciente tinha antes de o TAB se manifestar.

Menos superficial que a personalidade, ressaltemos, é o temperamento. O paciente que tinha um temperamento sanguíneo e estável (imagine alguém extrovertido e alegre) não deixará de ter (ao menos essencialmente) esse temperamento depois de o TAB se manifestar.

Também existem aquelas pessoas que têm um temperamento instável e melancólico (o oposto do temperamento sanguíneo e estável). Essas pessoas também mantêm um temperamento de base, isto é, um temperamento que não muda, que fundamentalmente será o mesmo antes e depois do TAB.

É justamente esse temperamento de base + os sintomas de uma fase (a maníaca, por exemplo) que determinarão como um bipolar reagirá ao mundo externo, isto é, são esses elementos somados (temperamento de base + sintomas do TAB) que fazem os bipolares se comportarem de modos diferentes, apresentando esta ou aquela personalidade, ainda que estejamos falando da mesma fase. Ainda assim, tenhamos em mente que nem todos os bipolares, numa fase de mania por exemplo, apresentam os mesmos sintomas.

Os sintomas podem variar, porque nem todos os bipolares apresentam irritação numa fase maníaca por exemplo, e nem todos os bipolares apresentam exatamente o mesmo número de sintomas numa crise, seja eufórica, seja depressiva.

São todos esses elementos variados que, somados, dirão que personalidade um bipolar terá numa fase; e a cada fase podemos ter elementos diferentes que se somam (isto é, sintomas maníacos diferentes por exemplo; porque ao menos o temperamento de base será o mesmo) para produzir esta ou aquela personalidade.

Sendo assim, se o caráter e o temperamento de base continuam lá, e se o que muda é aquilo que temos de mais externo ou superficial, por que deveríamos dizer que o bipolar deixa de ser ele mesmo numa crise? Só superficialmente ele passa a ser outro.

Talvez alguns de vocês discordem de mim. Mas, se isso acontecer, sou eu quem não soube explicar direito e a culpa é toda minha. A verdade, entretanto, continua sendo a mesma, bem explicada ou não.


Leia mais
Ela tem dupla personalidade, é bipolar

O que é transtorno bipolar?

Essa, certamente, é a pergunta mais comum encontrada na Internet ou em programas de TV sobre o tema. Sempre que se fala no assunto, vem a pergunta "O que é?"

Curiosamente, essa é justamente a pergunta que mais me parece mal respondida. As tentativas de resposta costumam ser tão resumidas ou tão simplificadas, que o resultado mal corresponde à realidade. Como explicar, de maneira resumida, algo que não se resume à meia-dúzia de palavras? Como simplificar algo que, por natureza, é complexo, talvez o caso mais intrigante da Medicina atual?

De modo geral, os textos na Internet costumam ser curtos e superficiais, de acordo com o gosto da maioria das pessoas. Daí que, se uma pessoa encontra um texto longo e profundo sobre o que é transtorno bipolar, provavelmente ela passará para outro texto, até que encontre um resumido e simplificado, tal como ela deseja; e não será difícil encontrar, porque tais textos são os mais comuns na Internet...

Num programa de TV, costuma acontecer coisa semelhante, porque o texto do programa tem de se adequar aos telespectadores habituais dele. Um documentário médico, certamente, será mais longo e profundo ao falar de TAB. Já uma reportagem de TV para o público leigo, provavelmente será mais curta, mais simplificada ou menos profunda.

Daí que não importa o que seja o transtorno bipolar. O que importa é a resposta que as pessoas estão dispostas a ouvir...

Para ficarmos com a melhor resposta que vemos na Internet (dentre as curtas e simplificadas), costuma-se dizer que o transtorno bipolar é um distúrbio caracterizado por oscilações de humor, e quem sofre desse distúrbio experimenta euforia e depressão. Até aí, tudo muito correto... Mas, na prática, o que a maioria das pessoas entende? Que ser bipolar é estar triste num momento e alegre no outro, coisa que todo o mundo experimenta...

Mas o que seria preciso dizer para explicar melhor o que é transtorno bipolar?

Certamente, ao menos com respeito ao TAB I e II, seria preciso lembrar que:

a) com "oscilações de humor", não queremos dizer ficar bem ou mal-humorado de vez em quando, sem consequências significativas para a vida afetiva, social ou profissional; porque aqui "humor" tem um sentido bem diferente do popular;

b) as oscilações de humor (se ainda estamos falando de fases ou episódios) não duram segundos ou minutos, mas dias, semanas ou meses; e podem durar ainda mais se não forem controladas com medicação;

c) depressão é diferente de tristeza, da mesma forma que euforia é diferente de alegria; depressão e euforia não são sinônimos para tristeza e felicidade;

d) a depressão e a euforia não obedecem a fatores externos, mas internos; não variam segundo as circunstâncias, mudando facilmente de acordo com o que acontece no mundo externo...

Mas veja: a explicação já começa a ficar complicada. Se vamos falar de humor, depressão e euforia para explicar o TAB, teremos, antes de tudo, de explicar o que é humor, depressão e euforia, porque a maioria das pessoas tampouco entende estes três últimos conceitos, que, em linguagem popular, têm significados muito diferentes! Em poucas palavras, quando falamos em humor, depressão e euforia para explicar o TAB, estamos dizendo X e a maioria das pessoas está entendendo Y... e, entre X e Y, costuma haver um abismo...

Pense bem: Se antes de tudo não conseguirmos explicar o que é depressão, por exemplo, como poderemos explicar o que é TAB?

Não adianta "martelar" na cabeça das pessoas que o bipolar passa por depressão e euforia, se as pessoas continuarem sem entender o que é depressão e euforia...

E olha que nem começamos a falar em TAB misto (depressão + euforia), TAB-SOE (sintomas mais leves, menos claros ou ocorrendo em menor número), TAB na adolescência (um meio-termo entre TAB adulto e TAB na infância), TAB na infância (muito diferente do TAB adulto), etc. Tudo isso também é TAB e faria parte da explicação...

Seria uma explicação longa, é verdade, e haveria quem oferecesse uma explicação mais curta e mais simplificada, tão ao gosto da maioria...


Leia mais
Qual é a diferença entre bipolar e borderline?
O futuro da palavra bipolar
Ela tem dupla personalidade, é bipolar
Sou borderline e bipolar? Me explica isso

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Bipolares famosos - lista

Abraham Lincoln (político);
Agatha Christie (escritora);
Byron, Lord (poeta);
Charles Chaplin (ator);
Charles Dickens (escritor);
Christian Andersen (escritor);
Edgar Allan Poe escritor);
Elvis Presley (cantor);
Emile Zola (escritor);
Ernest Hemingway (escritor);
Eugene O'Neill (dramaturgo);
Handel (compositor);
Hermann Hesse (escritor);
Honoré de Balzac (escritor);
Isaac Newton (cientista);
Janis Joplin (cantor);
Jimi Hendrix (cantor);
Kurt Cobain (cantor);
Leão Tolstói (escritor);
Maria Shelley (poetisa);
Marilyn Monroe (atriz);
Miquelângelo (artista);
Mozart (compositor);
Napoleão Bonaparte (militar e estadista);
Oscar Wilde (escritor); 
Platão (filósofo);
Sigmund Freud (médico);
Victor Hugo (escritor);
Vincent van Gogh (pintor);
Virgínia Woolf (escritora);
William Faulkner (escritor);
Winston Churchill (político).


Leia mais
O que alguns bipolares famosos já disseram - Marilyn Monroe
O que alguns bipolares famosos já disseram - Janis Joplin
O que alguns bipolares famosos já disseram - Jimi Hendrix
O que alguns bipolares famosos já disseram - Kurt Cobain

domingo, 4 de setembro de 2011

Perturbação bipolar

Para ler este texto na íntegra e em seu site de origem, clique aqui. Este excelente texto é do site da Oficina de Psicologia, Lisboa.


Perturbação Bipolar

(...)

Para muitos, a expressão "bipolaridade", ou "perturbação bipolar" será pouco familiar. Se falarmos em perturbação maníaco-depressiva, a sua designação menos actual, muitos mais a conhecerão. Seja através de filmes, séries, livros ou contacto pessoal, a perturbação bipolar é figura frequente no nosso imaginário colectivo ou mesmo experiência de vida. Nesse contexto, pode dizer-se que figura no elenco de "bichos-papões" associados à saúde mental. Muitas vezes, é vista como uma condição que condena quem dela sofre a um estado de quase-loucura equiparável apenas ao da esquizofrenia, que não tem tratamento e será uma eterna incapacidade, caracterizado por uma montanha-russa emocional – ora num estado de euforia quase imparável e insuportável para quem com ela lida, ora na mais profunda melancolia e depressão. Aparece associada ao olhar esgazeado de um pico positivo (episódio maníaco) capaz da maior generosidade, mas também de imprudência e até violência, assim como ao rápido declínio para o pico negativo, uma depressão tão profunda que frequentemente conduz ao suicídio. Ainda assim, não são poucas as descrições de grandes artistas e cientistas que eram bipolares, e cujos picos positivos lhes deram o "empurrão" para a fama e a glória. Na verdade, a perturbação bipolar não será tão monstruosa quanto as suas caracterizações mais pessimistas a pintarão, nem tão romântica e inócua quanto nos pode fazer crer a obra deixada por grandes homens e mulheres que dela padeceram.

(...)

 
De facto, a perturbação bipolar é uma das perturbações mentais mais actuais no seio da discussão científica, e tem sofrido grandes avanços na forma como se define. É de uma complexidade extrema, sendo um dos mais difíceis diagnósticos em saúde mental. Embora haja manifestações muito fortes e evidentes da perturbação, são muito frequentes manifestações mais moderadas que podem passar despercebidas. O que a distingue, acima de tudo, é a presença de sintomas "maníacos". Sendo a mania uma palavra familiar, falamos aqui de algo muito diferente da "mania das limpezas", da "mania de dizer mal" ou da "mania de embirrar". Falamos de sintomas como uma disposição anormalmente expansiva, positiva ou irritável, da redução de necessidade de dormir, de um aumento desmedido e repentino da auto-estima, que frequentemente roça a grandiosidade, de picos de intolerância à crítica, à frustração, de períodos de produtividade excessiva e inesperada, de um discurso "saltitante", acelerado e pouco coerente, de distractibilidade aumentada, ou mesmo de comportamentos de risco como gastos excessivos, picos de promiscuidade sexual, ou a ausência de percepção de perigo. Durante um pico maníaco, sentimo-nos os reis do mundo, como se nada nos pudesse tocar. Durante um pico positivo, nem todos estes sintomas estarão presentes. Nem todos eles estarão facilmente evidentes, e igualmente intensos. Aquilo que sabemos é que estes se agrupam nesta perturbação, e é muito frequente alternarem com estados depressivos (ver secção "Depressão") e com momentos de normalidade, em que tudo está como esteve antes de surgir a perturbação. Estes momentos podem variar na sua duração e no tempo que decorre entre cada um deles. E este é um dos aspectos que torna difícil o diagnóstico. Apesar desta dificuldade, a maioria dos estudos tem vindo a estimar que cerca de 1% da população mundial possa sofrer desta perturbação. A idade habitual de aparecimento da perturbação bipolar situa-se na casa dos 20 anos, início dos 30. No entanto, estudos recentes têm vindo a apontar um número crescente de casos na adolescência.

(...)


Leia mais
Bipolares são realmente violentos?

sábado, 3 de setembro de 2011

Transtornos mentais e diagnóstico

Para ler esta matéria em seu site de origem, clique aqui. Ela foi traduzida do site argentino Noticiero Diario.

 
 
Rechaço social aos transtornos mentais dificulta o diagnóstico


Estes são alguns dos resultados de uma pesquisa realizada pela Fundação AstraZeneca durante sua última "Campanha de Conscientização Social Sobre a Enfermidade Mental", celebrada em Madri e Sevilha.

 
Do estudo participaram cerca de 5.500 entrevistados. Deles, 69 por cento afirma que são enfermidades muito desconhecidas, tanto pelos pacientes como por seus familiares, enquanto que um de cada quatro (26 por cento) aponta que o problema do diagnóstico se deve ao fato de que os "sintomas destas enfermidades são pouco claros".

 
Outro dado relevante desta pesquisa foi o "grande desconhecimento" por parte da maioria das pessoas sobre os sintomas da esquizofrenia e do transtorno bipolar. Deste modo, 52,2 por cento dos entrevistados não conhecia nenhum sintoma do transtorno bipolar e 45,5 por cento não conhecia nenhum sintoma da esquizofrenia.

 
Por outro lado, entre as pessoas que já conheciam sintomas de ambas as enfermidades, destacaram a ciclotimia na forma de altos e baixos; as mudanças de humor como determinantes no transtorno bipolar; e a presença de alucinações, a agressividade e a violência no caso da esquizofrenia.


Igualmente, nove de cada dez entrevistados pensam que o transtorno bipolar e a esquizofrenia interferem na vida cotidiana do paciente, sobretudo nos relacionamentos amorosos e vida conjugal, no trabalho e no tempo de lazer. Entretanto, "percebe-se que certas tarefas podem ser feitas com certa normalidade. É preciso deixar claro que essa limitação não é impossibilidade", explicou Miguel Ruiz, professor de Psicologia da Universidade Autônoma de Madri e diretor do estudo.



Leia mais
Transtorno Bipolar, Café, Açúcar e Má Alimentação
Bipolares são realmente violentos?
O Analista de Bagé e o TAB

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

domingo, 28 de agosto de 2011

Espectro Bipolar - Entrevista com Akiskal

Se preferir, leia esta matéria em seu site de origem. Esta matéria foi publicada originalmente na Folha.com


Médico questiona diagnóstico de depressão

CIÇA GUEDES

free-lance para a Folha

"Nossos estudos mostram que muitos tipos de depressão são transtornos bipolares que acometem de 6% a 8% da população. Com essa constatação, podemos salvar pessoas dos tratamentos com antidepressivos, que podem fazê-las piorar"

(...)

O psiquiatra americano Hagop Akiskal, 58, diretor do International Mood Center, é o responsável pela descoberta de que os transtornos de humor -que a medicina chama de transtornos bipolares- estão na raiz de muitos casos tidos como de depressão clássica.

"Ele mostrou ao mundo que o transtorno bipolar não é raro como se imaginava e que possui formas brandas. A psiquiatria, como qualquer especialidade médica, deve partir de um diagnóstico correto para ter sucesso no tratamento.

Há casos em que os antidepressivos são um veneno, fazem o paciente acelerar o ciclo da depressão", diz o psiquiatra brasileiro Olavo Pinto, que, com Akiskal, escreveu o estudo "Espectro Bipolar" em 1999.

Nesta entrevista exclusiva, Akiskal -que tem mais de 500 trabalhos publicados (entre eles 16 livros) e recebeu, neste ano, o prêmio máximo da World Psychiatric Association- conta como desenvolveu seu trabalho.

Folha - Como chegou à conclusão de que há mais doenças que devem ser tratadas como transtorno de humor?

Hagop Akiskal -
Foi uma necessidade baseada na observação clínica. Foi uma longa batalha contra o estigma da doença mental, que começou a cair nos anos 70. O tratamento psicoterápico demanda tempo, e, quando comecei na psiquiatria, em 1969, tínhamos muitos pacientes, mais de 500 num único ambulatório. Muitos pacientes eram considerados ansiosos, neuróticos, neurastênicos, limítrofes. Esses estados eram, em geral, considerados como problemas de comportamento e até mesmo decorrentes de problemas cardíacos. Nesses casos, a pessoa apresenta tendência ao pessimismo, tem um ritmo mais lento, está sempre meio caída. Está apta para o trabalho, mas não sente prazer no que faz, por exemplo. Não é uma doença grave, é um temperamento melancólico. Usamos pequenas doses de antidepressivos, e, em geral, a doença se agravou.

Folha - Como saber se a doença que atormenta o paciente é um transtorno de humor?
Akiskal -
Tratei um paciente que é um bom exemplo. Era um jovem, obeso, pessimista e entediado. Dei antidepressivo porque era preciso combater a insônia. Três semanas depois, ele estava num estado de excitação que o fazia acordar cheio de energia. Mas ele não gostava, não sabia o que fazer com essa energia. Quando ele me contou que o irmão havia se tornado maníaco, que tomava lítio, ficou claro que era a mesma doença. O diagnóstico mudou de depressão unipolar, depressão neurótica, para transtorno bipolar, com todas as implicações que isso tem no tratamento. Para tornar a situação ainda mais interessante, seu pai apresentava o tipo de personalidade que os psicanalistas chamam de narcisista e nós, psiquiatras, chamamos de hipertímica. São pessoas muito autoconfiantes, cheias de energia, generosas e hipersexualizadas, em geral bem-sucedidas.

Folha - Esse comportamento também é um transtorno de humor?
Akiskal -
Existem diferentes condições. Há os maníacos-depressivos, a condição mais grave, em que ocorrem os episódios de euforia e depressão e que atinge cerca de 1% da população. Os bipolares, que apresentam episódios curtos de melancolia durante um ou dois dias. Os ciclotímicos têm como principal característica a instabilidade do humor. Há os deprimidos que buscam excitação nas drogas, como cocaína, anfetaminas, cafeína, álcool. E há os hipertímicos, pessoas muito bem-sucedidas, cheias de energia, que podem ficar deprimidas porque é muito difícil se manter o tempo todo nesse estado de forte excitação, de excessiva autoconfiança.

Folha - Por que as pessoas com pique são bem-vistas?
Akiskal -
As pessoas com temperamento bipolar encantam, comunicam-se bem, são mais emocionais. Certamente há muitos genes envolvidos nesse temperamento que foram importantes para a evolução da humanidade, estavam presentes nos exploradores, nos homens que gostam de correr riscos, de desafios. A bipolaridade refere-se exatamente a isso, aos estados de muita energia, de muita excitação. A doença acontece quando há desequilíbrio. Quando doente, na chamada fase maníaca, a pessoa se expõe a riscos e situações embaraçosas. O paciente precisa entender que terá de ceder um pouco de energia para atingir o equilíbrio, mas a idéia não é alterar seu temperamento. Há novas drogas, como os estabilizadores de humor.

Folha - Qual é a incidência dos transtornos do humor?
Akiskal -
Nossos estudos estão mostrando que muitos tipos de depressão são, na verdade, transtornos bipolares. Pode-se dizer que acometem de 6% a 8% da população. Essas pessoas não devem ser tratadas com antidepressivos, esses medicamentos podem fazê-las piorar. Também é importante destacar que, em nossos estudos, verificamos que o perigo do suicídio é realmente alto entre as pessoas deprimidas por transtornos bipolares. Para consumar esse ato, é preciso uma energia que o deprimido clássico não apresenta. Essa é mais uma razão para buscar um diagnóstico preciso.



Leia mais

sábado, 27 de agosto de 2011

O que alguns bipolares famosos já disseram - Miquelângelo

1.
A perfeição é feita de pequenos detalhes - não é apenas um detalhe.
 
2.
Espero que eu sempre possa desejar mais do que consigo fazer.
 
3.
Como faço uma escultura? Simplesmente retiro do bloco de mármore tudo o que não é necessário.
 
4.
A minha alegria é a melancolia.
 
5.
Se as pessoas ao menos soubessem o quão duro eu trabalho para ser mestre no que faço, não lhes pareceria tão maravilhoso.
 
6.
O amor é a asa veloz que Deus deu à alma para que ela voe até o céu.
 
7.
Em cada bloco de mármore, vejo uma estátua; vejo-a tão claramente como se estivesse na minha frente, moldada e perfeita na pose e no efeito. Tenho apenas de desbastar as paredes brutas que aprisionam a adorável aparição para revelá-la a outros olhos como os meus já a veem
 


Leia mais
O que alguns bipolares famosos já disseram - Marilyn Monroe
O que alguns bipolares famosos já disseram - Janis Joplin
O que alguns bipolares famosos já disseram - Jimi Hendrix
O que alguns bipolares famosos já disseram - Kurt Cobain

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Distúrbios bipolares: eu amo minha outra personalidade

Este texto foi traduzido do site SameStory.com. Se preferir ler este texto na íntegra e em seu idioma de origem, clique aqui.
 



Il y a quelques jours, après que l'un des membres de ma famille..., isto é, Há alguns dias, depois que um dos membros de minha família me mostrou que eu tinha os sintomas de uma pessoa ciclotímica, eu quis saber mais. Eu então descobri o que era o distúrbio bipolar.

(...)
 
Pesquisando um pouco na Internet, eu tentei autodiagnosticar-me. Segundo meus sintomas, eu seria bipolar tipo II. Com períodos ruins (depressão, com grande vontade de dormir e pouca vontade de fazer as coisas...) e períodos normais. E um terceiro período, diferente, visto o lapso de tempo que ele dura (algumas horas) de hiperatividade, ou não sei o que, a nível intelectual.
 
Esses momentos de hiperatividade do pensamento me permitem ser ultra-produtivo (eu além disso passei a escrever durante esses momentos para tentar ter uma imagem de minhas ideias, pensamentos). Esses momentos são para mim mais proveitosos que maléficos. Mas é verdade que é praticamente impossível para mim escolher o tema de meus pensamentos, salvo se eles são a minha paixão (psico, informática, conceitos, invenções...). E se eu não escrevo nesse momento, se não ponho os pensamentos no papel, eu sou extremamente distraído; não fixo a atenção em tema algum. Eu tenho o enorme mal de ter uma discussão na mesma intensidade em que meu cérebro esteja em ebulição. Mas eu adoro esse estado, em que eu permaneço muitas vezes num transe.
 
Ainda vou consultar um psiquiatra nesta jornada. Meus 5 últimos psicólogos jamais compreenderam ou descobriram aquilo que eu posso ter, e eles têm-me dito até mesmo que eu não tinha mais motivo para ir a um psicólogo.
 
De minha parte, a bipolaridade é uma coisa boa, que me permite ter estados (breves) de uma baita produtividade intelectual, que ocorre durante os estados normais, intercalados com depressões (um pouco mais espaçadas).


(...)
 
PS - Eu confundi certamente todos os termos exatos.



Esses estados de hiperatividade que duram algumas horas, em que nosso amigo francês relata uma grande produtividade, lembram os períodos de hipomania da ciclotimia, que costumam ser mais curtos que aqueles do TAB II. Além do mais, o TAB II sendo mais perceptível que a ciclotimia, teria sido notado mais facilmente pelos psicólogos que ele mencionou. Mas estes não notaram sequer a ciclotimia...
 
Se um familiar reconheceu sintomas ciclotímicos, lembremos que este, pela convivência, pôde acompanhar de perto aquelas alterações de humor mais breves da ciclotimia, não dependendo apenas dos relatos do paciente ou outros meios.
 
Seja como for, o testemunho acima nos forneceu três opiniões: 1) A do nosso amigo francês; 2) A de seu familiar; e 3) A dos psicólogos.
 
A opinião 3), obviamente, é preferível às outras.
 
Falta a opinião do psiquiatra que nosso amigo pretende consultar...
 
Além do mais, as maiores semelhanças (para não dizer os maiores equívocos) aparecem quando leigos e até mesmo profissionais comparam ciclotimia e TAB II e, não, quando comparamos ciclotimia e TAB I. Por motivos óbvios, é claro. Daí que, se o francês autor deste relato era pelo menos (eu disse pelo menos?) ciclotímico, fica fácil entender sua confusão.
 
Poderíamos falar de espectro bipolar, que engloba não só ciclotimia, mas também outras formas sutis de TAB? Certamente.


Leia mais

Enfrentando a vida com Transtorno Bipolar

Um bipolar e sua razão para lutar
A Janela
É necessário? Não, não é necessário
Pessoas próximas sabem que sou bipolar

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O que alguns bipolares famosos já disseram - Lord Byron

1.
Coma, beba e ame: o resto, de que nos serviria?
 
2.
Aqueles que se recusam a serem chamados à razão, são intolerantes; aqueles que não conseguem, são idiotas; e aqueles que não se atraem, são escravos.
 
3.
O melhor profeta do mundo é o passado.
 
4.
Na vida do homem, o amor é uma coisa à parte. Na da mulher, é toda a vida.
 
5.
Ainda que eu tivesse de ficar só, não trocaria a minha liberdade de pensar por um trono.
 
6.
É na solidão que estamos menos sós...
 
7.
Não falo, não suspiro, não escrevo seu nome. Mas a lágrima que agora queima a minha face me força a fazê-lo.
 
8.
Por que eu deveria sofrer pelos outros quando ninguém irá suspirar por mim?


Leia mais
O que alguns bipolares famosos já disseram - Marilyn Monroe
O que alguns bipolares famosos já disseram - Janis Joplin
O que alguns bipolares famosos já disseram - Jimi Hendrix

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O que alguns bipolares famosos já disseram - Cazuza

1.
Estou careta, não bebo, não tomo drogas, não estou mais na noite; estou tratando de mim de um jeito que nenhuma babá trataria. Nunca tinha ido a um médico até os 30 anos... eu não sabia que tinha um corpo e que ele podia falhar um dia.
 
2.
Hoje sei que vendo meu bacalhau, mas meu lance mesmo é a poesia, que eu mastigo e vomito no público.

  
3.

Eu causo nas pessoas um tipo de enjoo com meu jeito, com minha carência, com minha ânsia por atenção. Tenho amor incondicional pelas pessoas que entram em minha vida e sinceramente não sei o quanto isso é bom nos dias atuais. Talvez esse seja o meu pior defeito...
 
4.

Homem que é homem volta atrás, mas não se arrepende de nada. [Isto é, não se arrepende de ter experimentado.]
 
5.
Sempre só. Eu vivo procurando alguém que sofra como eu também, mas não consigo achar ninguém.
 
6.
Desde os 13 anos, levei uma vida muito louca. Quando a gente é jovem, não percebe que as ressacas vão ficando cada vez piores.
 
7.
Se pedem uma música, uma semana depois vou lá com a fita.
 
8.
Você está vivo. Esse é o seu espetáculo. Só quem se mostra se encontra. Por mais que se perca no caminho.


Leia mais
O que alguns bipolares famosos já disseram - Marilyn Monroe

O que alguns bipolares famosos já disseram - Janis Joplin
O que alguns bipolares famosos já disseram - Jimi Hendrix
O que alguns bipolares famosos já disseram - Kurt Cobain

domingo, 21 de agosto de 2011

O Analista de Bagé e o TAB



Visitando o blog Chá de Hortelã, da Liliana, encontrei um post interessante sobre TAB e ganho de peso. Mas o que me chamou a atenção de verdade foram os comentários. Reproduzi aqui 5 deles. Com qual objetivo? O de entendermos por que há bipolares não-diagnosticados, tema que não era, nem de longe, o do post em Chá de Hortelã...

O primeiro comentário (o do anônimo de Vacaria) nos dá uma ideia do motivo pelo qual muitos bipolares não são diagnosticados, levam muitos anos até que o sejam ou, pior, falecem antes que recebam diagnóstico e tratamento.

Os outros 4 comentários (escritos por bipolares) são respostas ao anônimo de Vacaria. (Nada contra a cidade, obviamente! Que isto fiquem bem claro. Eu o chamaria pelo nome, mas ele não se identificou, limitando-se a mencionar a cidade onde vivia sua mãe e parentela. Ele pode não viver aí, mas foi Vacaria que ficou na mente dos bipolares que leram seu comentário...)


Anônimo de Vacaria disse:
É interessante essa história de bipolar. Os psiquiatras não tem mais nada pra fazer e ficam inventando doença pras criatura[s] ficar[em] dizendo: "Ai, eu sou bipolar" ou "O meu filho é hiperativo".

Como que antes não existia nada disso? As pessoas são muito sujeitas ao que se dizem muitas vezes, daí acabam com os sintomas descritos mesmo não tendo nada.

Quando minha mãe vivia na fazenda da minha vó lá em Vacaria, interior do RS, não existia nada disso e ela e todos os seus 9 irmãos tão aí bem fortes.


Refúgio Poético disse:
Que bom que lá em Vacaria todos da sua familia estão bem fortes e com saúde e nenhum tentou o suicídio e conseguiu sua finalidade por ser bipolar. Seria um marco, um trauma para todos não tenha dúvida disso.

Eu sou bipolar tenho uma filha de 18 anos e nós duas sofremos muito com isso, me trato com psiquiatra que não tem mais nada o que fazer somente para não cometer suicídio e minha filha que não mora em Vacaria ter uma mãe.

Vontade de viver não tenho nenhuma porque estou em fase depressiva e tomo remédios que claro você nunca ouviu falar. No seu mundo é tudo frescura. Afinal em Vacaria as pessoa
[s] morrem e nem se sabe o porque.



wellinghton disse:
querida bom dia… pois para mim que escrevo é manha… vc tem transtorno bipolar? vc convive com alquem que tem[?]… acho que nao[,] eu tenho 26 anos de idade[,] venho tentando suicidio des dos nove anos… tenho poucos amigo pois nimquem ten saco para meus altos e baixos.e graças a deus descobri [que sou bipolar.]aos 22 anos[,] depois de ficar preso numa torre de celular por mais de 5 horas sem consiencia apenas preço por meu pé[,] descobri que tenho trastorno bipolar …. assim sei qual sao minhas limitaçoes..e [a]te que medicasao tomar… mais que pena vc nao sabe o que estou dizendo pois acxha que trastorno [bipolar] é doença do futuro e posso te dizer que nao …….pois varios nomes da hi[s]tori[a] tinha[m] trastorno [bipolar]…….. sem falar que sua vidinha deve ser um maximo para ficar criticando a dor do outro… cuidado pois isto tambem é um tipo de trastorno……nao sei o nome centifico mais o popular é falar dos outro para fugir do meu….. deus te abençoe[.]


Daniel disse:
Ignorância tem tratamento também, ok? Basta se informar…
"como antes não existia nada disso…?"
Assim como antes não existia câncer, alcoolismo, hiv, alzheimer.



Andréa S. L disse:
Se vc acha que transtorno bipolar não é uma doença é por que nunca ficou dias sem dormir, pensando que é a rainha de não sei lá o quê e que está cima do bem e do mal, sem falar que quando esta crise passa todos te olham e dizem: – olha lá aquela louca !!! Gostaria de ser lembrada como a louca ? Ou de entrar em uma depressão que não tivesse vontade nem de comer ou tomar um banho ? Acha que isso não é doença ? Então te dou um conselho ! Nunca discurse sobre o que não conhece !!! E desejo que continue na ignorância, porém com respeito a nós bipolares. Por que não desejo a ningué essa doença.

E que bom que lá em Vacaria não existia nada disso. Mas será que ninguém morreu de outra doença não ?!!! Não existe só transtorno bipolar nomundo !!! 

 


Pois bem! O que dizer do anônimo de Vacaria? Creio que já disseram quase tudo acima...
 
Mas eu costumo comentar que ninguém tem um médico ao lado 24 por dia, de modo que, se uma pessoa apresenta sintomas de TAB, os primeiros a notar costumam ser os amigos e parentes. Em poucas palavras, quem costuma encaminhar o bipolar a um profissional da área são pessoas leigas, que não sabem o que está havendo, mas que percebem que algo está errado.
 
Mas imagine agora que todas as pessoas leigas do mundo fossem como o anônimo de Vacaria. Imaginou? Pois é! Ninguém mais encaminharia amigos ou parentes aos profissionais da área, e ninguém mais morreria de TAB, simplesmente porque ninguém mais receberia o diagnóstico de transtorno bipolar... Viveríamos como em Vacaria, onde ao que parece não há bipolares e os psiquiatras não têm o que fazer...
 
Agora, imagine também bipolares não-diagnosticados pensando como o anônimo de Vacaria... Seria bom?

O triste é que muitas pessoas realmente pensam como o anônimo de Vacaria, o que nos ajuda a entender por que os bipolares levam em média 10 anos até que recebam o diagnóstico correto. Há outros números, entretanto, que dizem que essa média fica em 7,5 anos. Seja como for, muita coisa pode acontecer nesse meio-tempo, incluída a possibilidade de óbito, seja através de suicídio, seja através de um acidente, como cair de uma torre de celular...

Ainda sobre o tema deste post, a Ana, no blog Manual do Bipolar, já havia dito: Um dos maiores problemas dos portadores de Bipolaridade é a falta de informação de familiares e amigos e/ou o fato de não saberem interpretar seus sintomas e saberem o que é a doença. O anônimo de Vacaria, infelizmente, ilustra bem o que a Ana diz. Em outras palavras, Desgraça pouca é bobagem... ou Mal, seja bem-vindo se vier só. (O TAB sozinho, sendo perfeitamente tratável, era pouco. Tinha que haver mais; tinha que haver os anônimos de Vacaria para que o TAB fosse um drama realmente digno de nota...)

Ainda assim, o que poderíamos dizer em favor do anônimo de Vacaria? Não me agrada só criticar alguém; há sempre um elogio que podemos fazer... Vejamos. Poderíamos dizer que ele... e também... Pois é! Este é o maior elogio que sou capaz de fazer a ele no momento... Maior elogio que esse, depois de seu comentário no Chá de Hortelã, ficou difícil. Muito difícil.


Moral da história? O Luís Fernando Veríssimo que me perdoe, mas o anônimo de Vacaria me lembrou muito o Analista de Bagé – este mais sensível que aquele, é claro...


Leia mais
Transtorno Bipolar
O futuro da palavra bipolar
Bipolares não-diagnosticados
Revelar a bipolaridade ou não revelar. Eis a questão
Pessoas normais: um bicho de sete cabeças