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Você também encontra esse texto no blog Um Bipolar em Minha Vida, da Simplesmente Eu.
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A prevalência do transtorno afetivo bipolar na população geral é entre 1,3 a 1,7%. Cerca de 66% desses pacientes fumam. Parece que a prevalência de consumo de nicotina é maior entre portadores de transtorno bipolar do que entre portadores de depressão unipolar.
Existem várias teorias que tentam explicar essa maior prevalência do consumo nicotínico nessa população. A nicotina pode ser efetiva na melhora do funcionamento cognitivo, no alívio da sensação de falta de prazer (anedonia) e no alívio dos sintomas colaterais de algumas medicações, como os neurolépticos.
No entanto, estudos têm mostrado que portadores de transtorno bipolar que fumam apresentam maior impulsividade, mais ideação suicida, pior curso da doença primária, e maior prevalência de outros transtornos relacionados ao uso de substâncias. Além disso, o consumo de nicotina está intimamente relacionado com deletérios efeitos no sistema cardiovascular. Quanto mais intenso o consumo de nicotina, maiores serão os riscos.
Assim, a nicotina tem tanto efeitos ditos ‘recompensadores’ quanto efeitos ‘negativos’ entre portadores de transtorno bipolar e outras doenças mentais. Aqui, o termo ‘recompensadores’ refere-se à sensação subjetiva que o usuário tem quando faz uso da droga, de tal forma que o abandono da mesma se torna muito difícil.
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Todos nós também devemos considerar que os pacientes portadores de transtorno bipolar fazem uso de medicações que podem ter significativas interações farmacológicas com a nicotina. Logo, ajustes nas doses das medicações podem ser necessários diante do paciente fumante, como uma tentativa de manter a estabilidade clínica do mesmo.
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