sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Distúrbios bipolares: eu amo minha outra personalidade

Este texto foi traduzido do site SameStory.com. Se preferir ler este texto na íntegra e em seu idioma de origem, clique aqui.
 



Il y a quelques jours, après que l'un des membres de ma famille..., isto é, Há alguns dias, depois que um dos membros de minha família me mostrou que eu tinha os sintomas de uma pessoa ciclotímica, eu quis saber mais. Eu então descobri o que era o distúrbio bipolar.

(...)
 
Pesquisando um pouco na Internet, eu tentei autodiagnosticar-me. Segundo meus sintomas, eu seria bipolar tipo II. Com períodos ruins (depressão, com grande vontade de dormir e pouca vontade de fazer as coisas...) e períodos normais. E um terceiro período, diferente, visto o lapso de tempo que ele dura (algumas horas) de hiperatividade, ou não sei o que, a nível intelectual.
 
Esses momentos de hiperatividade do pensamento me permitem ser ultra-produtivo (eu além disso passei a escrever durante esses momentos para tentar ter uma imagem de minhas ideias, pensamentos). Esses momentos são para mim mais proveitosos que maléficos. Mas é verdade que é praticamente impossível para mim escolher o tema de meus pensamentos, salvo se eles são a minha paixão (psico, informática, conceitos, invenções...). E se eu não escrevo nesse momento, se não ponho os pensamentos no papel, eu sou extremamente distraído; não fixo a atenção em tema algum. Eu tenho o enorme mal de ter uma discussão na mesma intensidade em que meu cérebro esteja em ebulição. Mas eu adoro esse estado, em que eu permaneço muitas vezes num transe.
 
Ainda vou consultar um psiquiatra nesta jornada. Meus 5 últimos psicólogos jamais compreenderam ou descobriram aquilo que eu posso ter, e eles têm-me dito até mesmo que eu não tinha mais motivo para ir a um psicólogo.
 
De minha parte, a bipolaridade é uma coisa boa, que me permite ter estados (breves) de uma baita produtividade intelectual, que ocorre durante os estados normais, intercalados com depressões (um pouco mais espaçadas).


(...)
 
PS - Eu confundi certamente todos os termos exatos.



Esses estados de hiperatividade que duram algumas horas, em que nosso amigo francês relata uma grande produtividade, lembram os períodos de hipomania da ciclotimia, que costumam ser mais curtos que aqueles do TAB II. Além do mais, o TAB II sendo mais perceptível que a ciclotimia, teria sido notado mais facilmente pelos psicólogos que ele mencionou. Mas estes não notaram sequer a ciclotimia...
 
Se um familiar reconheceu sintomas ciclotímicos, lembremos que este, pela convivência, pôde acompanhar de perto aquelas alterações de humor mais breves da ciclotimia, não dependendo apenas dos relatos do paciente ou outros meios.
 
Seja como for, o testemunho acima nos forneceu três opiniões: 1) A do nosso amigo francês; 2) A de seu familiar; e 3) A dos psicólogos.
 
A opinião 3), obviamente, é preferível às outras.
 
Falta a opinião do psiquiatra que nosso amigo pretende consultar...
 
Além do mais, as maiores semelhanças (para não dizer os maiores equívocos) aparecem quando leigos e até mesmo profissionais comparam ciclotimia e TAB II e, não, quando comparamos ciclotimia e TAB I. Por motivos óbvios, é claro. Daí que, se o francês autor deste relato era pelo menos (eu disse pelo menos?) ciclotímico, fica fácil entender sua confusão.
 
Poderíamos falar de espectro bipolar, que engloba não só ciclotimia, mas também outras formas sutis de TAB? Certamente.


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