sábado, 21 de janeiro de 2012

Marta #3

Marta não é um romance qualquer. A sinopse talvez pareça um tanto clichê para muitos, mas ao longo da leitura percebe-se que se trata de algo um pouco diferente.

Vamos conhecendo Marta ao longo do livro e cada vez mais sabendo de toda sua história. Está agora cursando a faculdade, no primeiro ano de Jornalismo e muda-se de cidade, mas deixa seu coração nas mãos de um ex-colega da antiga escola, na cidade de La Falda, João.

Trata-se de um amor puro e verdadeiro, que no decorrer do livro vamos entendendo melhor. Seu amor por João não tem medidas, e cada vez mais, estando longe ou perto, se sente mais apaixonada: o que ela só quer, na verdade, é fazer parte de uma bonita história de amor, mas infelizmente não parece ser correspondida.

‘’Mas parece que fugir de João ou tentar esquecê-lo não o tirou da minha mente, tampouco do meu coração, e esse amor já me dói mais e mais. ’’ – pág. 75

O livro é narrado em terceira pessoa por um psiquiatra que estudou o caso da garota e agora quer relatá-lo, mas isso só se torna claro mais ao fim do livro, onde o mesmo fala um pouco sobre Psiquiatria. Mesmo assim, sempre entre uma parte e outra da história contam-se algumas curiosidades interessantes, como parte de Filosofia, mas sem o tornar monótono por isso e sim agradável.

Outro fato interessante do livro, é que toda sua história não se passa no Brasil, mas sim na Argentina, e em algumas partes do texto, são introduzidas algumas frases no idioma local do país. Com a tradução do lado, fica fácil para o leitor assimilar uma frase a outra, e conhecer, mesmo que pouco o tal idioma.

Existem diversos tipos de personalidades no livro: Martinha é uma garota bipolar, enquanto sua amiga Naila é bastante egocêntrica, Sílvia sempre proposta a ensinar e aconselhar e até a mãe de Marta, que ao final se revela protetora o bastante para não enxergar que a filha pretende se casar por amor e não por dinheiro ou falta de melhor opção.

Porém, certas vezes o livro se torna um pouco repetitivo, pelo fato da garota, principalmente no começo da história, sempre falar do amado da mesma maneira. Isso ocorre justamente devido a bipolaridade dela, mas não deixa de às vezes se tornar um pouco cansativo. Ao decorrer da mesma, muda-se um pouco isso, e diferente de outros romances que conheço, sua emoções são exemplificadas através de um poema ou outro.

O ponto mais alto da história é com certeza, seu final. Surpreendente, diferente e bonito, mostra que quando o amor é verdadeiro, tudo vale a pena por ele. E Martinha, acima de tudo, sempre quis sua felicidade ao lado de João. O fato da personagem também ter um problema de bipolaridade,ajuda a explicar o porquê dela ter tomado as atitudes que tomou, principalmente nessa parte.



Andressa  Tomaz

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