O Governo já faz declarações mais enérgicas na Imprensa, mostrando-se contrário à greve da categoria de modo bastante claro. Já não é o Governo calado e paciente de antes, que tinha a esperança de não ter que intervir de maneira mais dura ou direta. O Governo agora, por exemplo, deseja que a greve seja considerada "abusiva" pela Justiça.
Além disso, as negociações parecem ter avançado bastante, exceto por um ponto: as horas extras que o Governo não pretende pagar. Explico:
Parte dos dias parados será descontada dos salários dos funcionários. Já outra parte não seria descontada, mas compensada com horas extras de trabalho. São essas horas extras que a categoria quer que sejam pagas.
Seja como for, o Governo já ofereceu um abono de R$ 500 que, na prática, não deixa de ser um pagamento por esses dias; e esse abano já estaria aceito, além de um reajuste salarial e um aumento de salário a partir de 2012.
O único impasse para o fim da paralisação, segundo o próprio ministro das Comunicações, é justamente o pagamento dessas horas extras.
Daí que em resumo, para pôr fim à greve, podemos falar em uma pressão por parte do Governo que antes não existia e em negociações mais avançadas. Além disso, o Governo não deve estar nem um pouco contente com as duas greves em andamento no País, procurando acabar com pelo menos uma delas o mais rápido possível. Lembremos que essa postura mais enérgica do Governo coincidiu com o início da greve dos bancários ou com a iminência desta.
Sendo assim, deveríamos esperar pelo fim da greve dos Correios ainda esta semana (3 a 8 de outubro)? Não parece possível que a greve dos Correios passe da terceira semana, coincidindo indefinidamente com a dos bancários. É um desgaste político para o Governo e um prato cheio para a oposição nas próximas eleições. (Sim, sim; ao que parece, tudo se resume à política.)
Tente se lembrar da última vez que houve duas
Ruim mesmo era no tempo de Pedro II, quando havia muitos analfabetos, poucas correspondências para entregar e nenhuma greve dos Correios. Mas os tempos mudaram para melhor e hoje em dia tudo é muito, muito diferente daquela época. Já não há imperadores, revoltas, etc., e o selo já não é o Olho de Boi. Hoje o que temos é a Democracia, o direito de greve e 75% de analfabetos funcionais. Mudamos d'água para o vinho e deveríamos estar felizes, até mesmo porque vinho é melhor que água.
Sobre as correspondências atrasadas ou acumuladas na atual
Um comentário:
Não acho legal essas greves está correto ele revindicarem seus direitos mais e a população que não nada com isso acaba pagando o pacto...
Beijo bom final de semana
http://marifriend.blogspot.com/
@Storieandadvic
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